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Qualquer cidade é lembrada e visitada pelo valor arquitectónico que tem. O espírito do lugar não é somente sentido pelo ar que se respira, pelas pessoas que lá vivem, mas também pela pegada arquitectónica que deixam.
A Casa da Arquitectura em Matosinhos, tem patente, a partir de 6 de Março, a Exposição "Form and Light, - Fotografias da arquitectura Bauhaus em Tel Aviv" de Yigal Gawze. Por quê Tel Aviv? Fora da Alemanha, onde mais se podem avistar edifícios do estilo arquitectónico é na cidade do médio oriente que nunca dorme, a White City de Tel Aviv, que é, desde 2003, Património Mundial da Humanidade. A importância das várias tendências do movimento Modernista na arquitectura e no urbanismo da cidade foi um dos factores considerados pela UNESCO na atribuição do título.
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Tel Aviv, cujo nome significa "Colina da Primavera", é uma cidade que se situa ao lado de Jaffa, junto ao mar mediterrâneo. É vibrante, jovem e dinâmica. Junto ao porto de Jaffa situa-se o bairro dos artistas, e por toda a cidade de Tel Aviv há feiras de arte, museus, cinemas e edifícios Bauhaus.
A simplicidade e a funcionalidade dos edifícios do Estilo Internacional Bauhaus devido às especificidades do lugar, como os efeitos subtis de luz natural do mediterrâneo, elevam a essência do estilo arquitectónico presente em toda a cidade.
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A expressão commumente chamada Bauhaus foi fundada na cidade alemã de Weimar, pelo arquitecto Walter Gropius, em 1919. A Bauhaus assume, desde a sua origem, uma responsabilidade para com a sociedade, apresentava-se como uma escola de arquitectura e design, existiu desde 1919 e foi encerrada em 1933 pelos nazis. Com os olhos postos no futuro, a escola conseguiu reunir as mentes mais brilhantes e talentosas fundamentadas numa abordagem interdisciplinar, acabando por atrair e inspirar vários artistas ao longo das décadas, influenciando directamente a arquitectura e o design industrial do século XX.
O programa de ensino foi estruturado para desenvolver novos conceitos pedagógicos, cuja máxima estaria assente na construção, combinando as artes e ofícios com a produção industrial; dessa forma novas "materializações" foram observadas com base em inovadoras técnicas e recursos, democratizando assim o "papel da arquitectura", no sentido em que concebeu edifícios e mobiliário acessíveis para todos os estratos sociais, da mesma forma que também aproximou a interacção entre professores e alunos - a aprendizagem e o viver - passando assim a estandarte do movimento Modernista do século passado. A emigração dos seus professores e alunos para outros países foi preponderante na difusão dos princípios da expressão pelo mundo inteiro.
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A exposição que dá especial relevância à luz e à forma dos edifícios apresenta 29 fotografias incluídas no livro “Fragments of a Style” de Yigal Gawze, que documenta o impacto da arquitectura do género em Tel Aviv, cidade que reúne um dos maiores espólios da arquitectura Bauhaus em todo o mundo – 4.000 edifícios. Além das fotografias, estão também presentes quatro vídeos sobre a vida em Tel Aviv e a Bauhaus. Vários suportes documentais (impressos e audiovisuais) convidam o visitante a explorar os 14 anos da escola fundada em 1919, bem como o seu legado em todo o mundo. Yigal Gawze é arquitecto e fotógrafo israelita. Começou desde 1993 a documentar o impacto da arquitectura Bauhaus presente nos edifícios da sua cidade Tel Aviv.
A exposição estará patente até 29 de Março.
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Texto e Imagens: Priscilla Fontoura
Exposição: Form and Light, - Fotografias da arquitectura Bauhaus em Tel Aviv, de Yigal Gawze
Onde: Casa da Arquitectura, Matosinhos
Data: 6 - 29 de Março, 2020