Zach Hill Zachary Charles Hill (Zach Hill) é o Speedy Gonzalez da bateria , um autêntico inovador. Envolvido em vários projectos,...

Wunderkammer: Destroying Yourself is Too Accessible, Zach Hill

Zach Hill
Zachary Charles Hill (Zach Hill) é o Speedy Gonzalez da bateria, um autêntico inovador. Envolvido em vários projectos, o norte-americano explora todo o tipo de ritmos. Death Grips, Hella, Zach Hill and Holy Smokes, e uma catrefada de nomes tais como Carson Mcwhirter, Marnie Stern, Wavves, Team Sleep, Boredoms, Delicate Steve (Steve Marion) que não passam ao lado dos atentos ao submundo da música mais alternativa. A forma singular e tempestiva de tocar de Hill prende os olhos de quem busca propostas diferentes ao instrumento, parece um tufão que traz consigo as 10 pragas do Egipto. Mas... aconselha-se tampões nos ouvidos porque o músico é capaz de estourar tímpanos. Há quem diga que Hill toca bateria como David Lynch escreve filmes - perplexos e sinistros, mas completamente extraordinários.

Zach Hill, Astrological Straits

Além de músico é também artista visual, publicou um livro intitulado Destroying Yourself is Too Accessible, com ilustrações do álbum "Masculine Drugs" do projecto Zach Hill and Holy Smokes, publicado em 2004 via TNI books e Suicide Squeeze Records.

A galeria de arte Fools Foundation, em Sacramento na California, realizou uma exposição da arte de Hill, intitulada Poltergeist, de 1 a 29 de abril de 2006.

Em 2013 Hill também investiu parte do seu tempo para realizar uma longa com a actriz Karen Black. No entanto, Karen veio a falecer antes do filme ser rodado na íntegra. Um pequeno excerto foi publicado na conta YTube de Death Grips, intitulado Bottomless Pit com 15 minutos de duração.

 
 
 
 
 
 
 
 

Psicadelismo, VHS, vocais melodiosos, hardcore, punk, rabiscos, surrealismo, todo o tipo de elementos misturados fazem parte do imaginário de Hill, um imaginário com criaturas, sarcasmo, humor, colagens e toda uma série de referências aleatórias, mas que - quando misturadas - dão a conhecer um mundo rico de quem teve uma infância cheia de experiências nas aulas de físico-química e que brincou com legos, berlindes e dinossauros de plástico.

Zach Hill distingue-se enquanto baterista porque não se limita ao instrumento, funde-se nele mesmo passando a ser um; enfrenta a bateria como se estivesse num campo de batalha onde sai sempre vencedor. No que respeita à arte visual, os traços contínuos ligam-se sem levantar a caneta, como se tudo estivesse ligado para dar lugar a uma só forma. Vejam o vídeo onde são mostrados exemplos do trabalho visual do artista.


Texto: Priscilla Fontoura
Imagens: Zach Hill, Destroying Yourself is Too Accessible