Rubrica: A Passo Duplo de Hélder Macedo Género: dark ambient, downtempo, electrónico, experimental, jazz Banda: Bohren & der Club of Gor...

A PASSO DUPLO: Bohren & der Club of Gore & Killing Joke

Rubrica: A Passo Duplo de Hélder Macedo
Género: dark ambient, downtempo, electrónico, experimental, jazz
Banda: Bohren & der Club of Gore
Disco: Patchouli Blue
Lançamento: 24 de Janeiro, 2020


Foi no concerto no festival Amplifest 2012 (Porto) que o público português teve o primeiro contacto ao vivo com os BOHREN & der CLUB OF GORE. Escuro, suave e íntimo são algumas das palavras certas para descrever aquela noite de 27 de Outubro.

Da cidade alemã Mülheim an der Ruhr em 1992, os B&dCG sempre criaram um repertório original inspirado no mundo das bandas sonoras, ANGELO BADALAMENTI será possivelmente o compositor que torna mais visível essa inspiração, abordando um som acompanhado com uma atmosfera quase "metaleira" absorvidas entre a música ambiente e um jazz mais negro e intenso.

A dois anos de celebrarem 30 de carreira, trazem na bagagem este "Patchouli Blue", um conjunto de ideias musicais que espelha bem a raiz deste grupo agora em formato trio. Mais uma viagem entre o mistério e a sensualidade, criando um trajecto imaginário navegado pelos caminhos mais perigosos e até ocultos. Aguardamos um regresso breve dos BOHREN a Portugal, até lá continuamos a desfrutar dos seus belos discos que já contam com oito na sua discreta mas estimada discografia.


Género: pós-punk, new wave, rock gótico, rock industrial
Banda: Killing Joke
Disco: Extremities, Dirt and Various Repressed Emotions
Lançamento: 1990


Foi a partir do quarto álbum, "Fire Dances" (1983), que os KILLING JOKE tiveram contacto com o baixista Paul Raven, que foi determinante com a sua atitude e habilidade para o grupo passar do seu estilo inicial, o pós-punk, a um registo mais cru e pesado, criando um som próprio e único.

Entram a fundo em 1990, com a edição de "Extremities, Dirt and Various Repressed Emotions", levando a bom porto um exercício de canções turbulentas. Os sons acompanham na perfeição as letras abertamente críticas da sociedade. Desde o capitalismo ao uso abusivo de drogas, passando por temas mais comuns como a solidão, a depressão e a morte, a sua lírica representa bem a Inglaterra onde viviam nos anos 80.

Depois deste álbum, os KILLING JOKE continuam até aos dias de hoje, mas sem Paul Raven, que passou a participar em bandas como PIGFACE, PRONG, MINISTRY, ZILCH, entre outras, até à sua morte em 2007.

Raven ainda regressou brevemente aos KILLING JOKE em 2003, a propósito do segundo disco homónimo da banda de Notting Hill, Londres.

Texto: Hélder Macedo