Fim de Agosto e com ele os últimos suspiros dos festivais ao ar livre. Depois de um mês de relativo apagão, regresso aos espetáculos “...

Diário de Bordo: #5 (Setembro)


Fim de Agosto e com ele os últimos suspiros dos festivais ao ar livre. Depois de um mês de relativo apagão, regresso aos espetáculos “indoor”. Entre os que já estão anunciados para este mês de Setembro, na região de Lisboa, existem concertos que prometem ser interessantes. Aqui segue a minha seleção de auto-medicação mensal. 

Dia 1 – A Place to Bury Strangers + Numb.er no RCA Club 22h

foto: © Ebru Yildiz

Os nova-iorquinos “A Place to Bury Strangers” foram formados em 2002 por David Goffan, Tim Gregorio e Oliver Ackermann. A formação atual integra Ackermann (guitarra e voz), Dion Lunadon (baixo) e Lia Simone Braswell (bateria). Com cinco LP'S em carteira, o último dos quais (“Pinned”) lançado em abril deste ano, deverão apresentar músicas na linha pesada do noise rock com influências do rock psicadélico e espacial. Enérgico, é o que espero.

foto: bandcamp da banda

A primeira parte será assegurada pelos Numb.er. Um coletivo de Los Angeles, liderado por Jeff Fribourg, que lançou no passado mês de maio o seu primeiro LP (“Goodbye”). Pelo que ouvi no bandcamp, o som situa-se na esfera da darkwave / synthpunk. Gostei particularmente da música “A Memory Stained”. Para mim são uma incógnita ao vivo, mas estou com muita curiosidade. 

Dia 7 – MOTEL X "Lucifer Rising" live OST by Kyron, Espvall, Mo Junkie no Cinema São Jorge 24h

Foto: facebook do evento

As curtas metragens de Kenneth Anger, “Lucifer Rising” e “Invocation of My Demon Brother”, vão ser apresentadas com música ao vivo original e interpretada por J. B. Kyron, Helena Espvall (dos Beautify Junkyards, banda que editou um dos melhores discos portugueses do ano) e Mo’Junkie (produtor de música eletrónica onde abundam os samplers e os rips). Bandas sonoras tocadas ao vivo são uma proposta interessante, ainda para mais quando escritas e tocadas por amigos. Neste dia competem pelo meu interesse em rever os “Whales” e “Os Tubarões” na Festa do Avante. Estou indeciso, mas acho que os amigos vão levar a melhor. 

De 7 a 9 – Festa do Avante Quinta da Atalaia - Seixal 

Foto: facebook do evento

Não há festa como esta, diz o slogan. E por vezes assim é em termos de concertos e demais atividades culturais. Este ano o cartaz é, mais uma vez, muito atrativo. Entre petiscos, mojitos, visitas aos pavilhões e a inevitável dança da Carvalhesa, selecionei estes concertos. 

Dia 7 
Gypos – Palco Café-Concerto de Lisboa 20h
Whales – Palco Café-Concerto de Lisboa 22h40m
Os Tubarões – Palco Auditório 1º de Maio 23h30m

Dia 8 
Dapunksportif - Palco 25 de Abril 16h
The Black mamba - Palco 25 de Abril 17h
The Dust - Palco Café-Concerto de Lisboa 19h30m
Sérgio Godinho - Palco 25 de Abril 21h
Bizarra Locomotiva - Palco 25 de Abril 22h
The Legendary Tigerman - Palco Auditório 1º de Maio 23h
Dead Combo - Palco Auditório 1º de Maio 24h

Dia 9 
Vado Más Ki Às - Palco 25 de Abril 14h
Capitão Fausto - Palco 25 de Abril 15h
Orelha negra - Palco 25 de Abril 16h
Carlos Barreto “Lokomotiv” trio - Palco Auditório 1º de Maio 17h
Sharrie Williams - Palco 25 de Abril 21h
Jorge Palma com Tim e Camané - Palco 25 de Abril 22h

Dia 18 – Steve Gunn – John Truscinki Duo na ZDB 22h

Foto: facebook do evento

Oportunidade de rever o virtuoso guitarrista Steve Gunn, desta vez em duo com o baterista John Truscinki. Paisagens sonoras americanas, do rock ao jazz, passando pelo country, num registo jam, 

Na primeira parte tocarão Teresa Castro & Violeta. Estou completamente às escuras nesta, mas a ZDB é pródiga em presentear-nos com boas surpresas. Veremos.

Dia 29 – Cave Story na ZDB 22h

Foto: facebook do evento

Neste mesmo dia toca, no Lisboa ao Vivo, o trio americano Low. Foi uma escolha difícil, mas opto pelos portugueses Cave Story. Este concerto serve de lançamento a “Punk Academics”, o novo disco da banda das Caldas da Rainha. Ainda não ouvi nada deste novo disco de Gonçalo Formiga (voz e guitarra), Pedro Zina (baixo) e Ricardo Mendes (bateria), mas não deverá fugir à linha indie-rock / lo-fi dos seus trabalhos anteriores.


TEXTO: JOSÉ MARQUES